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sábado, 21 de abril de 2012

Hoje em Dia: Laudo culpa construtora por desabamento no Buritis

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Escavações na parte de baixo do terreno teria causado a movimentação do solo. Carlos Rhienck - HD
Laudo culpa construtora por desabamento no Buritis

Sudecap aponta que obra da Podium e excesso de umidade do terreno levaram à queda do edifício Vale dos Buritis

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia - 21/04/2012 - 11:21

Terreno ruim, excesso de umidade e, principalmente, intervenções indevidas foram as causas preponderantes para o desmoronamento do prédio Vale dos Buritis, na rua Laura Soares Carneiro, no bairro Buritis, na zona Oeste de Belo Horizonte, em 10 de janeiro deste ano. É o que aponta o laudo geotécnico, feito a pedido da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), para determinar o que desencadeou o deslizamento de terra. O estudo atribui responsabilidade pelo incidente à Construtora Podium –que construía no terreno abaixo do prédio que caiu–, e poderá auxiliar na pericia judicial, que deverá ser entregue até o dia 12 de maio.

O laudo sobre o terreno de 40 metros de altura, localizado entre a rua Laura Soares Carneiro e a avenida Protásio de Oliveira Pena, é assinado pelo engenheiro José Eduardo de Aguiar, da empresa Recuperação Serviços Especiais de Engenharia. O levantamento foi concluído no dia 30 de março, quase três meses após a queda do prédio Vale dos Buritis. O estudo foi elaborado com base em sondagens, investigação geotécnica, levantamento planialtimétrico, elaboração dos perfis geológico-geotécnicos e análise de estabilidade dos taludes.

Identificou-se que o terreno é constituído por decompostos de rocha do tipo xistos e filitos, que são desfavoráveis para edificações, mas que o solo não cederia naturalmente, sem as intervenções. O laudo apontou que a escavação na avenida Protásio, realizada pela Construtora Podium, agravada pela umidade do solo, iniciou o desmoronamento.

Ao contrário de uma das hipóteses apontadas para a queda antes da divulgação do laudo, o estudo aponta que a tubulação da Copasa, na rua Laura Soares Carneiro, foi rompida em função da movimentação de terra, o que agravou a umidade do solo. O laudo diz que “a responsabilidade pelos danos e prejuízos causados, deve-se, principalmente, às obras de terraplanagem e às deficiências nas estruturas de contenção instaladas na encosta”. Continue lendo.

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