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domingo, 30 de novembro de 2014

Vi o Mundo[Teoria e Debate]-> Reforma tributária: afinal, quem paga a conta?

A regressividade tributária é uma triste e  perversa realidade e não é de no hoje, no País das elites podres e egoístas!

 

Quem paga imposto no Brasil: Famílias com até dois salários mínimos arcam com 48,9% do total

Reforma tributária: afinal, quem paga a conta?

por Paulo Gil Introíni, na Teoria & Debate


A continuidade do processo político-econômico de redução das desigualdades e injustiças sociais depende da reforma tributária. O caráter regressivo do sistema tributário brasileiro dificulta o fortalecimento do mercado interno de consumo popular e desestimula o investimento, a variável por excelência para um crescimento autônomo e sustentável
“…o grau em que um sistema [de tributação] produz igualdade econômica, em comparação com o grau de igualdade econômica que prevaleceria sem ele, é uma questão que trata do sentido de justiça social dentro dessa comunidade. Depende da questão, puramente política, de quanta desigualdade quer tolerar a sociedade.” Nicholas Kaldor, economista húngaro
No debate tributário, a primeira pergunta a ser feita é: afinal, quem paga a conta? Quem arca com o ônus do financiamento do Estado?
Dito de outra forma, quais os segmentos sociais suportam, por meio dos tributos arrecadados, o financiamento das políticas públicas? Essa é a questão central.
A pergunta é fundamental também para nos certificarmos, ou não, da eficácia redistributiva do sistema fiscal como um todo, ou seja, para sabermos se o Estado não está dando com uma mão e tirando com a outra.
Entretanto, é notório que o tema da tributação chega à população de forma, propositadamente, superficial e distorcida. O motivo é óbvio: um debate mais profundo sobre o sistema fiscal em geral e a tributação em especial não interessa aos endinheirados e detentores da riqueza. Não interessa, em particular, aos que detêm a riqueza financeira, hoje, crescente no Brasil e no mundo.
De outro lado, as vítimas do sistema tributário vigente, potenciais interessados na questão, muito pouco participam do debate.

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sábado, 29 de novembro de 2014

UNISSINOS [Dica do Vi o Mundo]: "Prefiro o possível e o impossível que Dilma fará do que a política de desemprego cruel que Fraga faria". Entrevista especial com Carlos Lessa

Todos os economistas percorreram o livro Castro-Lessa. E Carlos Lessa é um grande Brasileiro e um grande economista. E a introdução já diz tudo! E Levy já foi alçado. Mão firme, Dilma!


Entrevistas


"Prefiro o possível e o impossível que Dilma fará do que a política de desemprego cruel que Fraga faria". Entrevista especial com Carlos Lessa

“Não vejo nada favorável. O cenário está muito difícil para o Brasil e Dilma vai ter que caminhar no fio da navalha para não se cortar muito. Espero que ela consiga”, avalia o economista.

“Os petistas não devem se surpreender” com a possível nomeação de Joaquim Levy para ocupar o Ministério da Fazenda, porque ele “foi escolhido por Lula e é o número dois do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci”, diz Carlos Lessa à IHU On-Line, ao comentar a reeleição de Dilma e as mudanças na política econômica.


Na avaliação do economista, Levy equivale a Armínio Fraga, com uma diferença: “Ele não será igual ao Fraga — ele pensa como Fraga, mas não irá jogar os salários para baixo, porque Dilma não vai concordar com isso”, justamente porque o que diferencia o governo de Dilma de um possível governo Aécio é a manutenção do valor do salário mínimo.

“A diferença que iria acontecer é que, se Aécio fosse eleito, teríamos uma política de massacre do salário mínimo real, enquanto Dilma vai tentar o possível e o impossível para isso não acontecer. Prefiro o possível e o impossível que ela venha a fazer do que a política de desemprego cruel que Fraga iria fazer. Mas, na cabeça da Dilma, também é necessário reduzir os investimentos públicos, elevar a taxa de juros e fazer uma política muito ortodoxa”, pontua.


Lessa salienta que, embora a política da nova presidência não esteja totalmente articulada, “as peças centrais já vieram: mantém-se o presidente do Banco Central, que já sinalizou a elevação dos juros, chama-se Levy, que era conhecido como ‘homem da tesoura’ no ministério da Fazenda de Palocci e, obviamente, irá cortar gastos. Cortará com mais facilidade os investimentos públicos do que o consumo público. E acontece que o escândalo da Petrobras está produzindo um fenômeno de queda em dominó. Então, é bastante natural que haja um corte nos investimentos públicos”.

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Foto: www.aepet.org.br

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Levy na Fazenda e tim furta, quebra contrato - Editorial da REFAZENDA2010-blog!



Levy na Fazenda e tim furta, quebra contrato - Editorial da REFAZENDA2010-blog!

Dia cheio, longe das notícias, muitas contrariedades, as operadoras fazem o que querem, a anatel concorda, de quem é a anatel? Para que a anatel?! Aqui! E especificamente aqui!

E a Dilma chama Levy para a Fazenda, e ainda o mercado não gosta. A bolsa fechou hoje a -0,68% com 54.721 pp.

Querem o que mais?

Só notícia ruim!

O Editor!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Diplô Brasil: O Estado brasileiro contra os movimentos sociais


Vimos também muita alta classe média reacionária, vimos não, ouvimos!...

Diplô Brasil: O Estado brasileiro contra os movimentos sociais


Beatriz Macruz, Cristiano Navarro, Guilherme Zocchio e Luís Brasilino*

Junho deu visibilidade a uma série de movimentos de multidões. Ações diretas organizadas por grupos autogestionários, horizontais e desvinculados de projetos partidários pegaram os aparatos repressivos de surpresa. Em resposta, o Estado apresentou suas formas de repressão e criminalização
por Especial para o Diplô Brasil

Formas inéditas de organização e mobilização política exigem novos aparatos repressivos e estratégias de controle social. É preciso manter a ordem: identificar o inimigo para separar o bom do mau, apontar as legitimidades e, se necessário, reordenar as legalidades.

Sem rostos conhecidos, carros de som ou registro em cartório, a multidão disforme que tomou as ruas no Junho de 2013 surpreendeu as autoridades por seu tamanho e sua forma incontrolável de organização. A violentíssima repressão policial contra os protestos pela redução das tarifas no transporte teve efeito contrário e, em vez de coagir, encorajou a população a tomar as ruas. Somente no dia 17 de junho, mais de 2 milhões de pessoas se mobilizaram em todo o Brasil. As jornadas conquistaram a redução das tarifas de ônibus e metrô em 104 cidades de dezessete estados.

Segundo um levantamento colaborativo feito pelo Centro de Mídia Independente,1 apenas no Junho de 2013 oito pessoas morreram em decorrência de acidentes e da repressão policial praticada durante os protestos, além de centenas de presos e feridos.

Os meses que se seguiram deram visibilidade a uma série de ações diretas organizadas por movimentos autogestionários, horizontais e desvinculados de projetos partidários. Diversas capitais, como Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, assistiram a protestos semelhantes convocados pela internet que reivindicavam o direito à livre manifestação, moradia, demarcação de terras indígenas, melhores condições na educação, contra gastos e despejos gerados pelas obras da Copa do Mundo, contra a violência policial, entre outros. A tática conhecida como black blocpraticada por parte dos manifestantes passou a ser usada como defesa contra os abusos cometidos pelos batalhões policiais.

Mudança de estratégia

Com altos gastos em equipamentos e pouca legitimidade para impedir protestos, as forças repressoras do Estado procuraram formas alternativas de contê-los. Assim, em outubro de 2013, o Ministério Público de São Paulo, juntamente com as polícias Civil e Militar, criou uma força-tarefa para intensificar a criminalização de militantes, especialmente do Movimento Passe Livre de São Paulo (MPL-SP). Dessa união de esforços nasceu o Inquérito Civil n. 01/2013 (batizado pelos policiais como “inquérito black bloc”), uma investigação-mãe montada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para enquadrar mais de trezentas pessoas pelo crime de associação criminosa.

O inquérito segue em sigilo. Publicamente, a polícia argumenta que o fato de indivíduos terem sido detidos em mais de um protesto – ainda que sem acusação e por meio de “prisões para averiguação”, reconhecidamente ilegais – indicaria que por trás das manifestações de rua há uma coordenação de movimentos para cometer crimes. Na tentativa de comprovar essa articulação, o Deic agrupou boletins de ocorrência de manifestantes que antes circulavam separadamente nas delegacias regionais de São Paulo e passou a monitorar e hackear, por meio da Delegacia de Crimes Eletrônicos, redes sociais e contas de e-mail de supostos envolvidos em vandalismo. Na portaria de instauração do inquérito não se define para que crime(s) é voltada a suposta associação, mas sim que ela é formada por pessoas unidas para contestar a ordem.

Na delegacia, a lista de perguntas aos intimados versava sobre suas questões pessoais e opções políticas como: “Você já participou de outras manifestações?”; “Você é filiado a algum partido? Qual?”.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa de manifestantes. Em um deles, a Polícia Civil apreendeu e apresentou como prova de envolvimento com a “associação criminosa” o livro A origem da propriedade, de Friedrich Engels. “Trata-se claramente de inquérito orquestrado voltado ao controle das manifestações”, analisa Rodolfo Valente, advogado do MPL-SP.

Ele explica que outro expediente utilizado para criminalizar os manifestantes é enquadrá-los na lei de associação criminosa, uma legislação vaga que demanda um mínimo de três pessoas associadas para praticar alguma ilegalidade. Além disso, Valente revela que, por vezes, a polícia recorre à lei de organização criminosa, em vez de associação. Essa legislação, específica para crimes que superem a pena máxima de quatro anos, autoriza a infiltração de policiais disfarçados para filmar e fotografar manifestantes em protestos. “Isso não valeria para os crimes que se imputam aos chamados Black Blocs, como o crime de danos ao patrimônio público, cuja pena máxima é de três anos. Mas nesse inquérito a lei é totalmente ignorada.”

Um passo à frente

No Rio de Janeiro, na véspera da final da Copa do Mundo, 23 pessoas foram presas e encaminhadas para o Complexo Penitenciário de Bangu sob as acusações futurológicas da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática de que poderiam vir a cometer crimes no dia do jogo, 13 de julho. Sob a mira de armas de fogo, os militantes ligados à Frente Independente Popular (FIP) tiveram sua residência e a de amigos e familiares invadidas e vasculhadas por policiais civis que apreenderam como provas do futuro crime máscaras, óculos, panfletos e livros. A operação envolveu forças policiais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Força de Segurança Nacional e a Polícia Federal, e grampeou de forma ilegal as conversas por telefone entre os militantes da FIP e seus advogados.

Na opinião da militante da FIP e professora de Filosofia da Uerj Camila Jourdan, toda luta não cooptável, não assimilável institucionalmente, é transformada sistematicamente em crime, em quadrilha. “O inquérito chega a dizer que ‘a organização não eleitoral se afasta do viés político-ideológico legítimo em nosso sistema democrático’. Então, há um viés político-ideológico que não é legítimo, e este é, principalmente, o viés anarquista. Não é exagero quando dizemos que o anarquismo e, mais ainda, toda organização direta da sociedade civil são o que se pretende impedir, o que será transformado em crime, se formos de fato condenados.” Camila chama a atenção para as inúmeras incoerências contidas nas 2 mil páginas do inquérito, como a citação do filósofo russo Mikhail Bakunin como “potencial suspeito de ser membro da organização criminosa”.

Dos planos, experiências, tentativas e fracassos na contenção do avanço dos protestos de rua, concretamente surgiram novas armas, batalhões policiais e leis. Um mês após a realização da Copa do Mundo, durante a campanha eleitoral, tanto o inquérito contra o Passe Livre em São Paulo como a operação que culminou com a prisão de militantes da FIP no Rio de Janeiro foram apresentados, respectivamente, pelo PSDB, na esfera estadual, e pelo PT, na esfera federal, como propostas de novo modelo integrado de combate ao crime organizado.

Guardas, métodos e seus aparatos

– Não vai haver manifestação se não houver liderança! Vocês prestaram atenção? Se não houver liderança, não vai sair a manifestação!

– Não existe liderança. Esta é a manifestação de um coletivo, e o senhor deve respeitar nosso direito democrático.

– Em nome de manter a ordem, eu posso evitar a quebra da ordem. Não vai haver manifestação!

O diálogo ocorrido no vão livre do Masp, em São Paulo, entre o padre Julio Lancelotti, coordenador da Pastoral da População de Rua, e o tenente da Polícia Militar Marcelo Pignatari proibindo a saída de um protesto pela liberdade de militantes que protestavam contra a Copa do Mundo ilustra uma nova exigência do Estado na reivindicação de direitos: um líder que apresente seus documentos para responsabilizar-se por milhares de pessoas. A prática, transformada em rotina em atos de movimentos sociais na capital paulista, soma-se a outras iniciativas esdrúxulas. Em fevereiro deste ano, durante o 3o Ato contra a Copa do Mundo, a PM de São Paulo utilizou pela primeira vez a “tropa do braço”, um batalhão formado por cem policiais especializados em artes marciais. Na ocasião, 230 pessoas foram presas. Outra inovação para conter protestos – aprovada não apenas em São Paulo – é a proibição do uso de máscaras em manifestações, o que pode vir a ser prejudicial até para o Carnaval (leia, na pág. 20, sobre a criminalização dos bate-bolas).

Outra ameaça à livre manifestação remete ao período da ditadura militar. Em fevereiro deste ano, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria n. 186, do Ministério da Defesa, que permite às Forças Armadas atuar em operações de segurança pública (Capítulo IV), incluindo manifestações populares. O chamado “Manual de Garantia da Lei e da Ordem” especificava em primeira redação, suavizada com eufemismos após receber críticas da sociedade, as “forças oponentes” como “segmentos autônomos ou infiltrados em movimentos sociais, entidades, instituições e/ou organizações não governamentais que poderão comprometer a ordem pública ou até mesmo a ordem interna do País”. Já a lista de ações a serem combatidas parece uma relação de atividades do repertório de um movimento social: “bloqueio de vias públicas, distúrbios urbanos, invasão de propriedades, paralisação de atividades produtivas”, entre outras.2

Elites clamam pela repressão

A repressão contra revoltas espontâneas e movimentos sociais deve ser analisada dentro da história brasileira, de acordo com o doutor em História Social e jornalista José Arbex Jr. Para ele, a forma como o Estado vem lidando com manifestações após Junho mostra o limite de liberdade de expressão de outros setores da sociedade tolerado pelas elites brasileiras.

Segundo Vera Telles, professora de Sociologia da USP, as medidas colocadas em prática a partir de Junho fazem parte de um processo de militarização da gestão urbana iniciado em meados dos anos 2000. Essa evolução apresenta dois aspectos principais. O primeiro combina a promoção do mercado como solução para os conflitos sociais com violência aberta contra a população pobre, como ocorre especialmente, mas não só, nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro.

O outro aspecto dessa militarização são os dispositivos adotados pelo Estado, em suas diferentes instâncias e tipos de poder. Retomando o emprego da lei de associação criminosa contra manifestantes, as prisões preventivas ocorridas durante a Copa do Mundo e o “Manual de Garantia da Lei e da Ordem”, entre outros, Vera identifica a construção de um ordenamento jurídico que está provocando uma erosão da dimensão normativa da lei, inteiramente funcionalizada e instrumentalizada de forma sistemática para dar amparo legal a dispositivos de exceção. “É uma inversão total do sentido da lei, que nos leva a perguntar quem está dentro e quem está fora. É o Estado que vai criando dispositivos [jurídicos] inteiramente fora dos padrões legais.”

Arbex acredita que esse quadro tende a se agudizar, uma vez que as Jornadas de Junho estão “latentes, prontas para eclodir em alguma outra circunstância. E a elite brasileira sente isso”. As investidas por parte das polícias, ministérios públicos e até mesmo as mudanças legais sinalizadas fazem parte, portanto, desse modo de tentar suprimir a liberdade de expressão nas ruas.

Essa nova forma de repressão começou a partir da separação que se fez entre “manifestantes pacíficos” e “vândalos”. De acordo com Arbex, isso contribuiu para que as ações de repressão encontrassem respaldo em outros setores da sociedade. “A maneira pela qual a elite brasileira trabalhou foi muito inteligente: classificou a liberdade de expressão como vandalismo. Você tem uma parte da população brasileira que se assustou com aquilo que viu nas ruas. É o susto que a classe média levou e que a mídia soube transformar em uma convicção”, completa.

Permanentemente criminalizados

De todas as pessoas presas durante os protestos de rua no período de junho do ano passado até outubro deste ano, apenas Rafael Braga Vieira foi condenado e cumpre pena de prisão. Negro, jovem, pobre e com baixa escolaridade, o perfil de Rafael corresponde à grande maioria dos 715 mil detentos da terceira maior população carcerária do mundo. Sem a mesma repercussão ou defesa adequada recebida por outras pessoas, o catador de latinhas foi condenado a setenta meses de prisão por portar uma garrafa de água sanitária e outra de Pinho Sol durante protesto que reuniu mais de 1 milhão de pessoas no dia 20 de junho de 2013, no Rio de Janeiro.

Em todos os seus depoimentos, Rafael conta que não participava do protesto e que foi abordado por policiais militares quando passava pela manifestação. Para Camila Jourdan, que também esteve detida no complexo penitenciário de Bangu, a invisibilidade do caso Rafael é resultado da distinção na sociedade entre pobres e ricos. "Quando a supressão de direitos volta a ficar restrita às camadas excluídas, finge-se que ela não existe. Hoje, quando a violência do Estado atinge às elites ou à chamada classe média, chama-se ‘estado de exceção’", afirma Jourdan.

Orlando Zaccone D’Elia Filho, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro responsável pela investigação do caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo, explica que “o acirramento e a tensão do debate em torno do modelo político vigente que observamos nas ruas nos últimos meses trazem à tona coisas que estavam ocultas”. De acordo com ele, esse discurso e essas práticas sempre se apresentaram em locais sem visibilidade. “Por exemplo, manifestantes que sofreram buscas policiais em sua casa narram que os policiais que entraram jogaram comida no chão. Não sei o que eles estavam procurando, mas, quando os barracos são revistados, os policiais jogam a comida pelo chão.”

Em outras palavras, a dimensão política do processo de criminalização dos movimentos sociais pode ser identificada quando se observa que os mesmos dispositivos empregados contra militantes são utilizados historicamente contra a população pobre. Sem grande destaque nos meios de comunicação, o complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, está ocupado pelas forças militares que agem sob o regime de garantia da lei e da ordem. Nesse período, 82 civis foram presos, autuados em flagrante e mandados para a prisão acusados de crimes. Convivendo de forma conflituosa com a militarização de seu bairro por tropas da Marinha e do Exército, os moradores da Maré são presos por desacato, desobediência e lesão corporal – mesmas razões pelas quais a maioria das pessoas foi detida durante os protestos de rua.

Especial para o Diplô Brasil
*Beatriz Macruz, Cristiano Navarro, Guilherme Zocchio e Luís Brasilino são jornalistas.

Agência Brasil: Escassez de água se resolve com planejamento, diz futuro relator da ONU

Sempre tivemos muitas dúvidas, principalmente após  falência da Lei de Malthus. Sim, temas absolutamente ou quase diferentes, mas o ser humano solução arruma!


Agência Brasil: Escassez de água se resolve com planejamento, diz futuro relator da ONU

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
 
Para futuro relator especial da Comissão de Água Potável e Saneamento Básico da Organização das Nações Unidas (ONU), professor Leo Heller, é preciso planejamento para combater os atuais e futuros problemas de abastecimento de água. Na avaliação dele, o que está acontecendo este ano em São Paulo poderá se repetir em 2015. "As propostas que tenho ouvido não se implementa em menos de um ano, e o que estamos passando este ano poderá se repetir no ano que vem. Não são essas medidas que darão a solução", disse sobre a crise enfrentada por São Paulo.

Heller foi entrevistado hoje (25) no programa Espaço Público da TV Brasil. Segundo ele, o estado de São Paulo não se planejou para uma possível escassez de água para o abastecimento. A atual crise levou a portuguesa Catarina Albuquerque, atual relatora da ONU, a responsabilizar o governo estadual pela falta d'água. Em resposta, o governo de São Paulo escreveu à ONU, protestando pelas críticas da relatora. "O que eu posso dizer é que ela fez declarações que eu apoio. Ela apontou a raiz do problema. Em São Paulo, se o problema tivesse sido previsto e as medidas para remediá-lo fossem adotadas, isso não teria acontecido", disse Heller.

Ao assistir uma reportagem sobre a falta de água no estado, exibida durante a entrevista, o futuro relator indignou-se: "inaceitável uma situação como essa em uma cidade como São Paulo". Ele ressaltou que não há exagero por parte da mídia, "é visível que o volume do Cantareira está muito aquém para garantir a segurança de abastecimento. É preocupante, o abastecimento de muitas cidades de São Paulo dependem da represa".

Perguntado se o racionamento seria uma solução, ele disse que isso tem ocorrido e defende que  seja dada transparência ao processo. "O que é o racionamento? Deixar de fornecer água em determinados horários? Isso tem ocorrido. Tem uma espécie de racionamento. Prefiro o racionamento mais formal, planejado".

Heller explicou que para evitar problemas no abastecimento, o investimento deve ser feito tanto em estruturas como em capacitação de pessoal e em formas de evitar as perdas no próprio sistema de abastecimento, que. segundo ele, chegam a 37% em média no Brasil. De acordo com ele, o país tem feito apenas investimento em infraestrutura.

O professor comentou também a construção de cisternas para levar água a regiões de seca no Nordeste. Apesar de mudar a vida daqueles que recebem o abastecimento, as cisternas não são suficientes para fornecer o volume mínimo considerado adequado pela ONU, de 50 litros diários para proteger a saúde. As cisternas possibilitam apenas o consumo diário de 13 litros por pessoa. "Precisaremos avançar para além das cisternas", destacou.

Leo Heller, de 59 anos, fez carreira acadêmica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se aposentou e hoje é professor voluntário. Em 1977, diplomou-se em engenharia civil, seguido de mestrado em saneamento e recursos hídricos. Já conduziu pesquisas vinculadas à Organização Mundial da Saúde e, em 2013, coordenou a contribuição das universidades brasileiras ao Plano Nacional de Saneamento Básico.

O programa Espaço Público vai ao ar todas as terças-feiras, às 22h, na TV Brasil. É apresentado pelo jornalista Paulo Moreira Leite. A edição desta terça contou com a participação da gerente da Agência Brasil, Lana Cristina, e do jornalista Danilo Fariello, do jornal O Globo.


Origem.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Vi o Mundo: Intelectuais assinam manifesto contra Joaquim Levy e Kátia Abreu no segundo mandato de Dilma

Também se insurge o jornalista Pedro Porfírio, amigo da REFAZENDA2010, desde à censura imposta pela SEF/MG! Aqui!



Vi o Mundo: Intelectuais assinam manifesto contra Joaquim Levy e Kátia Abreu no segundo mandato de Dilma


publicado em 24 de novembro de 2014 às 20:17

 
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Manifesto em Defesa do Programa Vitorioso nas Urnas, contra Joaquim Levy e Kátia Abreu
sugerido por Igor Felippe

A campanha presidencial confrontou dois projetos para o país no segundo turno. À direita, alinhou-se o conjunto de forças favorável à inserção subordinada do país na rede global das grandes corporações, à expansão dos latifúndios sobre a pequena propriedade, florestas e áreas indígenas e à resolução de nosso problema fiscal não com crescimento econômico e impostos sobre os ricos, mas com o mergulho na recessão para facilitar o corte de salários, gastos sociais e direitos adquiridos.

A proposta vitoriosa unificou partidos e movimentos sociais favoráveis à participação popular nas decisões políticas, à soberania nacional e ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social.

A presidenta Dilma Rousseff ganhou mais uma chance nas urnas não porque cortejou as forças do rentismo e do atraso e sim porque movimentos sociais, sindicatos e milhares de militantes voluntários foram capazes de mostrar, corretamente, a ameaça de regressão com a vitória da oposição de direita.

A oposição não deu tréguas depois das eleições, buscando realizar um terceiro turno em que seu programa saísse vitorioso. Nosso papel histórico continua sendo o de derrotar esse programa, mas não queremos apenas eleger nossos representantes políticos por medo da alternativa.

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Carta Capital[Mino Carta]: As mãos sujas


Carta Capital[Mino Carta]:  As mãos sujas

Que Deus ouça a presidenta Dilma, mas o fenômeno é o de sempre

por Mino Carta — publicado 21/11/2014 05:57


Admitia um parlamentar do Partido Democrata-Cristão da Itália, envolvido na célebre Operação Mãos Limpas: “Os partidos são máquinas de caça-níqueis”. A frase será certamente muito apreciada por todos aqueles que enxergam nos políticos em geral outros tantos ladrões. Nem por isso vale em todas as circunstâncias, embora em parte não destoasse quando foi pronunciada e tampouco destoe no Brasil de hoje.

Pretende-se semelhança entre a nossa Operação Lava Jato e a Operação Mãos Limpas dos começos dos anos 90. Ambas visam devassar e condenar esquemas corruptos, mas há mais diferenças do que parecenças. Aquelas, de saída. Tanto a Mãos Limpas quanto a Lava Jato resultam de uma investigação inicial a respeito de fato e personagens de porte miúdo. Tampas pequenas para panelões ferventes.

As duas operações apresentam os rostos de figuras centrais, o PM Antonio Di Pietro e o juiz Sergio Moro. Na Itália, o grande inquisidor Di Pietro foi logo secundado por um pool de juízes e a operação levou à cadeia mais de mil cidadãos, atingidos ao cabo por condenações inflexíveis e amiúde longas. Políticos e empresários. Alguns destes mataram-se antes de ser presos. O político que dominara por dez anos, o líder socialista e primeiro-ministro Bettino Craxi, condenado a oito anos de cárcere, fugiu para a Tunísia, a salvo da extradição.


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Agência Brasil[Lusa]: Agência Meteorológica do Japão adverte sobre réplicas de forte tremor

Tradição e superação em tragédias! 

Agência Brasil[Lusa]: Agência Meteorológica do Japão adverte sobre réplicas de forte tremor
Da Agência Lusa
 
A Agência Meteorológica do Japão advertiu hoje (24) que as réplicas do terremoto de 6,7 graus na escala Richter, que afetou o centro do país no sábado (22), vão continuar aproximadamente durante uma semana e que algumas podem ser fortes.

A organização também alertou para o perigo de ocorrência de deslizamentos de terra nas áreas atingidas pelo tremor, diante da previsão de chuva para os próximos dias.

O terremoto de sábado, que teve o epicentro em Hakuba, a cerca de 200 quilômetros a noroeste de Tóquio, deixou 41 feridos, sete em estado grave, em várias localidades, segundo a emissora pública NHK.

O município mais afetado foi Hakuba, onde 34 casas ficaram destruídas e 25 muito danificadas.


Mais de 300 pessoas tiveram que passar a noite desse domingo (23) em um centro da localidade, onde cerca de 700 casas continuam sem água potável.

Os deslizamentos de terra fizeram ainda com que várias estradas ficassem cortadas, interrompendo a circulação de uma linha férrea.

Hoje, equipes de engenheiros vão avaliar a dimensão dos danos para preparar os trabalhos de reconstrução.

Essa região, em frente à costa noroeste de Honshu, a principal ilha do Japão, tem sido palco, nos últimos anos, de fortes tremores.

Em 2004, um sismo de 6,8 graus na escala Richter deixou 40 mortos e causou o descarrilamento, pela primeira vez na história do Japão, de um comboio de alta velocidade. Três anos mais tarde, um abalo de idêntica magnitude deixou 15 mortos e provocou um incêndio na Central Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, a maior do país.

Em 12 de março de 2011, um dia depois do terremoto seguido de tsunami que devastou o Nordeste do Japão, desencadeando uma crise na Central Nuclear de Fukushima, um tremor de 6,7 graus atingiu a localidade de Sakae, em Nagano, e outras áreas próximas, deixando três mortos.

Origem.

domingo, 23 de novembro de 2014

Ricardo Kotscho [dica do Nassif]: 60 anos depois, cerco a Dilma lembra Getúlio

O golpismo prospera, mas não irão conseguir!

Publicado em 22/11/14 às 11h13

60 anos depois, cerco a Dilma lembra Getúlio

ioopkosad 60 anos depois, cerco a Dilma lembra Getúlio

Se a presidente Dilma Rousseff já terminou de ler o último volume da trilogia de Lira Neto sobre Getúlio Vargas, editado pela Companhia das Letras, deve ter bons motivos para ficar preocupada nesta entressafra entre o seu primeiro e o segundo governo.

Talvez isso explique a indecisão dela para anunciar os integrantes da nova equipe econômica, como demonstrou a dança de nomes cogitados para o Ministério da Fazenda nesta semana que chega ao fim, mantendo o suspense no ar.

Era este o livro que a presidente carregava na mão ao descer do helicóptero no Alvorada, quando retornou a Brasília, depois de alguns dias de folga numa praia da Bahia, logo após sua vitória apertada na eleição de 26 outubro.

É neste terceiro volume que o brilhante jornalista cearense Lira Neto mostra o cerco formado por forças civis, militares e midiáticas contra Getúlio Vargas, que começou antes da sua posse, e botou fogo no país, na segunda metade do seu governo constitucional (1951-1954), levando-o a se matar com um tiro no peito.

Dilma não é Getúlio, eu sei, o Brasil e o mundo não são os mesmos de 60 anos atrás, mas há muitas circunstâncias e personagens bem semelhantes nestes distintos períodos da vida nacional.

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sábado, 22 de novembro de 2014

Miguel do Rosário em Tijolaço: Por que o governo de Minas transferiu aeroporto de Claudio para a prefeitura?


"Claudius International Airport", tem mais um: "Cunha-Montezuma International Airport"!

Por que o governo de Minas transferiu aeroporto de Claudio para a prefeitura?

22 de novembro de 2014 | 12:35 Autor: Miguel do Rosário
AecioClaudio03

Leio no noticiário de hoje que o governador de Minas Gerais, Alberto Coelho, decidiu, no apagar das luzes de sua gestão, transferir a administração do aeroporto de Claudio, no interior do estado, para a prefeitura.
Antes, estava sob controle do governo estadual.

Por que Coelho fez isso?

A imprensa brasileira, notoriamente tucana, não irá perguntar. Então as redes sociais terão obrigação de fazê-lo.

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Uiarapuru de Heitor Villa Lobos, Vídeos REFAZENDA2010-blog!



Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959)
Uirapuru, W133 (Symphonic poem for orchestra) (1917)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Luiz Carlos Azenha->Calados: Os 50 anos do golpe de 64 - Vídeo

É para ninguém esquecer!



Calados: Os 50 anos do golpe de 64 from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.

Bolsa sobe, mas ainda longe dos 60.000 pontos!

Com tudo contra, o mercado tem seus caprichos!  Vai entender...


Nassif: A brincadeira do impeachment e os desvios de Aécio

Enquanto isso, ócio no Leblon!
Nassif: A brincadeira do impeachment e os desvios de Aécio

Luis Nassif
Há que se ter um mínimo de responsabilidade e parar com essa brincadeira de impeachment. O que está em jogo não é o governo A ou B, mas a normalidade democrática e a necessidade de interromper esse terceiro turno para superar o momento econômico atual.
É irresponsável a exploração do senador Aécio Neves em relação à proposta do governo federal de flexibilizar as metas fiscais.
A política fiscal, no governo Dilma Rousseff, de fato, foi de uma irresponsabilidade à toda prova. Tudo o que Dilma pedia era aceito acriticamente pelo Secretário do Tesouro Arno Agustin, ainda que forçando a mão nas contas, para o pedido poder caber na ficção criada.
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Agência Brasil: Nível do Cantareira cai para 9,7%, com reduções diárias de volume

Imprevidência e omissão!

Agência Brasil: Nível do Cantareira cai para 9,7%, com reduções diárias de volume

Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil

O nível de água do Sistema Cantareira, principal manancial da Grande São Paulo, voltou a baixar de ontem (20) para hoje (21), passando de 9,9% para 9,7%, segundo o registro diário feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Desde o último dia 15, a retirada para abastecimento está sendo bombeada da segunda cota do volume morto ou da reserva técnica, água que fica abaixo da captação por gravidade.

Esse é o último recurso de armazenamento disponível. Quando começou o bombeamento havia 105 bilhões de litros. Assim como o Cantareira, os outros cinco mananciais administrados pela Sabesp tem apresentado reduções diárias de volume, já que as chuvas tem sido esporádicas e ainda de fraca  intensidade.



O Sistema Cantareira está com o nível mais baixo dos últimos 10 anos.
Com diminuições de volume de água diários, nível do Sistema Cantareira cai para 9,7% nesta sexta-feira (21)Divulgação Sabesp

No Alto Tietê, o nível oscilou de 6,5% para 6,4%; no Sistema Guarapiranga (33,3% para 33%); no Alto Cotia (28,6% para 28,4%); no Rio Grande (64,6% para 64,3%); e no Rio Claro (34% para 33,3%).

A previsão meteorológica do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da prefeitura de São Paulo, é de que a formação de uma zona de calor com a temperatura chegando aos 33 graus Celsius nesta sexta-feira, em confronto com a aproximação de uma frente fria deve provocar áreas de instabilidade com rajadas de ventos e trovoadas. Para o amanhã (22), são esperadas chuvas com potencial entre moderada e de forte intensidade.
Origem.

Vi o Mundo: Senadores Alencar, Serra, Anastasia, Caiado e Katia Abreu na lista dos que receberam doações de empresas da Lava Jato

Senadores Alencar, Serra, Anastasia, Caiado e Katia Abreu na lista dos que receberam doações de empresas da Lava Jato,  aqui.


Nassif: Gilmar dá mais um passo em direção ao terceiro turno

 Esperneio da direita fascista e egoísta! Não vê nada, não enxerga nada. E o Poder Central calado!


Gilmar dá mais um passo em direção ao terceiro turno



Jornal GGN - Ontem, o Ministro Gilmar Mendes convocou técnicos do Tribunal de Contas da União, da Receita Federal e do Banco Central para se debruçarem na análise das contas de Dilma Rousseff.
As investigações serão tanto das contas do comitê de campanha, como da própria candidata Dilma Rousseff, segundo informações do blogueiro Fernando Rodrigues. Há uma montanha de documentos para serem analisados.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Carlos Roriz Silva em Tempos de Lutas

Lançamento em Destaque informações adicionais aqui! Bem não funciona, tente assim: sitepontoalfaomegapontopontocompontobr , sem www! Às 01:02, atualizamos!

O livro traz a descrição dos indivíduos em situação de tortura, na tentativa de fazer uma reflexão sobre o assunto, e analisa o ambiente político da década de 60 e 70, situando a organização Ação Popular nesse contexto.


Editorial da REFAZENDA2010-blog: LEDO ENGANO



LEDO ENGANO

Ouvindo rádio em trânsito infernal e sem prestar muita atenção, vem uma jornalista qualquer a entrevistar um dos filhos do humorista Chico Anysio. O mais brilhante, e mais elétrico também! Ouvi falarem que o País vive uma onda de Macartismo.

Pensei, tomaram jeito? E fui ouvindo o rumo da conversa. Falavam sim, de patrulhamento nas redes sociais...

Mas o tom da rádio é de oposição ferrenha, o tempo todo; e não é a cbn, mas sim, a band-news!